CONCEITO

“ Hey you
Don't help them to bury the light
Don't give in, without a fight ”
(“Hey You”, Pink Floyd)


SOBRE:

HEY YOU é um projeto da Terceira Pessoa em parceria com o Município de Castelo Branco/Cultura Vibra, com direção de Ana Gil & Nuno Leão, que envolve um grupo de 70 pessoas de todas as idades da zona de Castelo Branco.



SINOPSE:

HEY YOU! é uma multidão que chegou sem avisar.
HEY YOU! é um silêncio prolongado a ameaçar.
HEY YOU! é um corpo feito movimento.
HEY YOU! é uma celebração da comunidade.
HEY YOU! é um momento de suspensão para atacar a realidade.


DRAMATURGIA:

Movidos pela crença de que a arte desempenha um papel ativo na sociedade, a dupla Ana Gil & Nuno Leão desenha um projeto que reflita sobre a força do indivíduo no seu desejo de encontrar o outro e, com ele, formar um corpo coletivo. 
Inquieta-nos a vontade de, através do dispositivo artístico, partirmos numa busca pela redescoberta da política enquanto forma de expressão de sujeitos e identidades reais. Assim pretende-se construir uma paisagem de uma sociedade por vir, que não está constituída mas sim em eterna construção, que se quer procurar ao invés de se encontrar, num gesto poético que é um caminhar, não como simples marchar para a frente, mas sim enquanto passo suspenso. 

Assim surge HEY YOU, título que pedimos de empréstimo a uma canção do álbum “The Wall”, lançado no final dos anos 70 pela banda de rock inglesa Pink Floyd. A canção termina com a frase emblemática “together we stand, divided we fall” (juntos conseguimos, separados falhamos”). Ao longo da história essa frase foi sofrendo usos diversos: começando por ser moral de fábula clássica, passando por slogan de movimentos populares, para depois ser capturada por uma proliferação de dispositivos garantes do capitalismo e do poder. No nosso espetáculo procura-se restituir o slogan à sua força política original - o seu livre uso e propriedade dos homens.


HEY YOU reclama a comunidade por vir.
 HEY YOU é esse instante em que o indivíduo decide procurar o coletivo, para não mais o abandonar.

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